Por Kátia Bello, arquiteta e CEO da OpusDesign
Trabalhar com supermercado é um aprendizado diário. O dinamismo do setor e o grande fluxo de pessoas trazem muitas lições valiosas.
Uma história que inspira: o impacto da arquitetura no dia a dia
Durante uma visita a uma loja projetada pela equipe há 3 anos, uma cliente abordou a arquiteta espontaneamente.
Ela compartilhou que:
- Prefere passar o tempo livre naquele supermercado ao invés do shopping
- A filha dela sempre tira fotos no banheiro, pois a iluminação é ótima e as fotos ficam lindas
Esse relato espontâneo é um presente, pois mostra a relevância e o contentamento genuíno com o projeto arquitetônico.
Reflexões sobre o papel da arquitetura de supermercado
- A arquitetura não deve ser vista apenas como funcional ou meramente técnica, especialmente em espaços como banheiros, que muitas vezes recebem atenção insuficiente.
- Fazer o mínimo necessário — como colocar o número exato de vasos sanitários em espaços apertados e com iluminação ruim — não é a melhor decisão arquitetônica.
Aspectos essenciais para considerar em arquitetura de varejo
- Entenda o contexto das pessoas que usarão o espaço e o momento histórico que vivemos.
- Antes da popularização das câmeras em celulares e redes sociais, as pessoas raramente tiravam fotos em banheiros. Hoje, isso é comum — não só em banheiros, mas em espaços que favorecem boas fotos.
- Olhar apenas o custo total da obra é um erro. Uma arquitetura bem feita é um investimento que também constrói marca e agrega valor a longo prazo.
- Moda passa, qualidade fica. Não siga tendências superficiais só porque estão na moda. Invista em arquitetura de qualidade, que tem excelente custo-benefício.
Conclusão
A arquitetura de supermercado é muito mais que paredes e espaços.
É uma estratégia de valorização da marca, de melhoria da experiência do cliente e de construção de relevância no varejo.
Pense nisso!